Faz tempo que me considero um fã do Muse. Minha admiração pelo trio britânico começou quando escutei o álbum Absolution há praticamente 10 anos. A partir daquela época, fui atrás dos álbuns anteriores e acompanhei de perto os lançamentos da banda. Confesso que atualmente não escuto Muse tanto como antes, mas não iria deixar essa oportunidade passar. Finalmente havia chegado o momento de conferir de perto uma apresentação dos caras, apesar do preço abusivo dos ingressos.
Chegamos dentro do Allianz Parque umas 2 horas antes do horário previsto para iniciar o show e o que chamou a atenção logo de cara foi a quantidade de espaços vazios. Parece que o Muse ainda não tem aquela fama para lotar arenas no Brasil. De qualquer forma, na hora que eles começaram a tocar o estádio estava mais cheio. De acordo com a produtora do evento, 27 mil almas acompanharam a performance dos caras.
Uma coisa que aprendi: se você quer realmente se empolgar e sentir o show, nada de ficar em qualquer lugar que não seja a pista. Essa foi a primeira e – possivelmente – a última vez que resolvo pegar a cadeira inferior. A única coisa boa é ter uma visão privilegiada da banda e da galera, mas o bacana é estar lá no meio.
O setlist foi curto, mas muito bem equilibrado. Tivemos as músicas novas no começo. Psycho é uma ótima opção para abrir o show, com seus riffs pesados e diretos, fazendo todo mundo pular. Plug in Baby potencializa isso tudo e facilmente torna-se um dos destaques do show.
As coisas esfriam um pouco com algumas músicas mais recentes, mas pelo menos Dead Inside se revela ótima ao vivo e é mais uma oportunidade para Matt Bellamy mostrar seu talento.
Muscle Museum é tipo uma homenagem para os fãs antigos. O cara que sabe cantar essa do começo ao fim pode ser considerado fã de carteirinha.
A partir daí foi uma porrada atrás da outra. Madness, Supermassive Black Hole, Time is Running Out, Starlight, Uprising. Público cantando junto e pulando. Para o bis, Mercy e Knights of Cydonia, fechando com propriedade.
É uma pena que logo quando o show empolgou de fato, ele terminou. Será que deu 1 hora e meia no total? Passou tão rápido. Ficou evidente a qualidade técnica, os refrões incríveis cantados como se fossem hinos, a produção caprichada, mas faltou algo. Uma interação maior? Uns 30 minutos a mais? Provavelmente.
Saímos satisfeitos, mas com a noção de que eles poderiam ter feito um pouco mais.
Pista é pra banda que vc gosta muito mesmo ou se vc for “jovem”.
Ficar na cadeira é melhor pq da pra sentar quando cansar e pra ver o show melhor.
Isso de sentir é relativo pq nem sempre da pra sentir isso mesmo na pista, depende do show.
Sou fã do Muse e já vi 3 shows. Queria ter visto mais esse, mas infelizmente não deu pra ir.
bacana saber que você também é fã, ramon!
cara, sem dúvida vemos o show de maneira privilegiada na cadeira… mas sei lá, me senti muito distante!
de qualquer forma, valeu a experiência.
abraços!