A empreitada comandada por Clint Eastwood é digna de aplausos. Com A Conquista da Honra e o ótimo Cartas de Iwo Jima, o diretor nos apresentou a um importante conflito da Segunda Guerra Mundial sob a perspectiva dos dois lados envolvidos. Em Cartas de Iwo Jima, vemos o desenrolar da batalha do ponto de vista dos japoneses, os derrotados.
Boa parte do filme é dedicada a preparação do exército japonês para a defesa da ilha contra o ataque iminente. As dificuldades eram enormes. Muita energia era gasta com a escavação de túneis e o psicológico também era afetado pela pressão imposta por alguns oficiais. Os soldados conviviam com a falta de água e de comida, além da enorme saudade do lar e do medo de não conseguirem voltar com vida. Eastwood investe em três personagens principais, inclusive utilizando flashbacks para mostrar onde eles estavam antes da guerra. A identificação mais fácil é com o rapazote Saigo, um padeiro pai de família jogado no meio daquele caos.
E que caos. As cenas de batalha transmitem com precisão toda a violência da batalha. Não foi à toa que o filme recebeu o Oscar de melhor edição de som. Apesar da notória qualidade técnica, os momentos mais intimistas é que marcam, como o sofrimento dos soldados japoneses e a opção de boa parte deles pelo harakiri (o ritual suicida do guerreiro) ao invés da rendição.
Os únicos aspectos que me incomodaram um pouco foram a fotografia exageradamente dessaturada e a duração levemente exagerada. No mais, um dos grandes filmes de guerra dos últimos anos e uma ideia genial de Clint Eastwood.
Poético, equilibrado e sereno. Considero uma obra-prima do diretor. Não cheguei a me incomodar com a fotografia, mas é claro que a drenagem de cores já se tornou um clichê.
um dos melhores do eastwood, sem dúvida.
Eu assisti ‘A Conquista da Honra’ e até hoje, séculos e séculos depois, fico para assistir esta película mas nunca arrumo tempo.
Pelo visto preciso corrigir logo essa minha falha de caráter.
é bem melhor que a conquista da honra!
“Cartas de Iwo Jima” é um filme belíssimo e poético. Uma das grandes obras dirigidas por Clint Eastwood e que fala sobre a ética e os valores da cultura japonesa, diante da guerra.
sim. muito bacana ver um americano transmitindo tão bem essas caracteristicas dos japoneses.