Birdman era um dos filmes mais esperados por este cinéfilo de plantão e devo dizer que as minhas expectativas foram quase completamente correspondidas. Indicado a 9 Oscars, o mais recente trabalho de Alejandro Gonazáles Iñárritu merece todo o reconhecimento e admiração que vem recebendo. O filme é grandioso em termos técnicos, tematicamente ambicioso e ainda conta com atuações muito inspiradas.
Michael Keaton é Riggan Thomson, um ator que fez muito sucesso ao interpretar o herói Birdman há 20 anos e hoje tenta reconquistar o seu lugar ao sol adaptando, dirigindo e estrelando uma peça na Broadway.
Com o desejo de provar a todos que ele ainda é relevante, Riggan não vai medir esforços para fazer com que a peça seja um sucesso. O problema é que o dia da estreia se aproxima e a cada instante uma nova dificuldade surge. Problemas, problemas e mais problemas!
Iñárritu utiliza longas tomadas e a edição quer nos passar a ideia de que tudo foi feito em um longo plano-sequência. Essa escolha faz de Birdman uma experiência cuja intensidade não para de crescer. Temos a sensação de que estamos de fato vivendo essa história junto com os personagens. A conexão é total. O que muito colabora para isso, também, são as atuações que beiram a perfeição. Michael Keaton está incrível e Edward Norton não fica muito atrás.
Além da técnica apurada, Birdman se destaca por criticar o mundo do cinema e das artes em geral, algo que é feito de diversas maneiras: jornalistas que não se aprofundam em uma entrevista, críticos que querem destruir um trabalho por birras pessoais, desvalorização da arte e assim por diante.
Este é um filme praticamente completo, que funciona como drama existencial e até como comédia. Diversas sequências nos oferecem boas doses de um humor eficiente e às vezes até surpreendente.
O final ambíguo permite algumas interpretações interessantes, mas considero que um desfecho mais claro poderia ser muito benéfico. De qualquer forma, um dos grandes do ano!
[9.0]
Um filmaço prenhe em temas e rico em estilo. O pacote completo.
conteúdo e estilo. o que mais podemos querer?!
Uma pena que ‘birdman’ não tenha estreado na minha cidade. É , provavelmente, o filme da temporada Oscar 2015 que eu mais quero assistir, especialmente pela sua proposta diferente.
era o que aguardava com mais ansiedade também. foi feito pra ver no cinema! uma pena que não passou aí…
Como disse, também fiquei na hora esperando um final mais definitivo. Mas, acho que a solução foi bem coerente com a obra como um todo. Um belo filme.
pois é… eu gosto de finais em aberto, mas nesse caso acho que não era a melhor saída.
Achei interessante, verei! 🙂
Bjs
https://claquetegirls.wordpress.com
Certamente um dos melhores filmes do ano!
Também não me agradou tanto assim o final ‘aberto’ do filme e, ainda, essa tendência suicida que obras mais ‘cults’ sempre trazem consigo.
Fora isso, um grande filme, com grandes atuações e algumas alfinetadas (manjadas até) ao mundo da sétima arte.