A maioria dos cinéfilos considera O Martírio de Joana D’Arc o melhor filme do diretor dinamarquês Carl Theodor Dreyer, porem eu faço parto do grupo que prefere este monumental A Palavra. Ambientado em uma região rural nos idos de 1920, o filme nos mostra um embate espiritual e religioso entre duas famílias que possuem crenças diferentes. Com planos longos e um ritmo inevitavelmente mais lento, a experiência jamais deixa de ser hipnótica e intensa. Graças aos diálogos bem escritos, tomamos conhecimento da personalidade e das convicções de cada personagem, algo essencial para elevar nossa expectativa e nos fazer acreditar na possibilidade de presenciarmos um milagre. Também considero momentos de destaque a presença do médico local, proporcionando discussões entre fé e ciência, além das menções ao filósofo Kierkegaard. 10/10
A Palavra (Ordet, 1955)

Também prefiro A Palavra a O Martírio de Joana d’Arc. Cada plano é uma pintura e o envolvimento emocional na história que se constrói aos poucos é incrível. 🙂
sem dúvida. somos completamente absorvidos pelo filme! fotografia das mais belas.
Estou contigo, Bruno. Essa é a obra-prima de Dreyer.
preciso ver mais alguns filmes do dreyer, mas já estou começando a considerá-lo como um dos melhores diretores que já existiram, como alguns livros apontam!