O Homem que Matou o Facínora foi o último filme que contou com a parceria entre John Wayne e John Ford, uma dupla responsável por diversos westerns de sucesso. Aqui John Ford aborda o gênero de um jeito diferente daquele que marcou sua carreira, investindo em um velho oeste não idealizado e mostrando que a civilização e a lei escrita podem chegar a qualquer lugar, inclusive Shinbone, a cidade hostil onde se passa o filme.
Ranse (Stewart), um jovem advogado, chega à cidade com 14 dólares no bolso e com vários livros de direito na bagagem. A diligência em que estava é assaltada por Liberty Valance, que não hesita em dar uns sopapos em Ranse e de rir estridentemente quando lhe é dito que vai para a cadeia por isso.
A história é contada em flasback pelo próprio Ranse. Sabemos desde as primeiras cenas que ele se tornou um político de sucesso, mas a maneira como isso ocorre reserva surpresas e situações que nos fazem refletir, como quando um jornalista diz que “quando a lenda se torna fato, publique a lenda”.
As atuações de John Wayne e James Stewart são ótimas, mas quem mais se destaca é Lee Marvin com o seu vilão ameaçador. A trilha sonora colabora bastante para o clima da história, assim como a escolha pelo preto e branco, deixando tudo com um agradável ar nostálgico.
9/10
O Homem que Matou o Facínora – The Man Who Shot Liberty Valance (1962)

Entendo que o filme seja um clássico, mas não está entre os meus favoritos do mestre Ford. A mensagem em si é memorável, mas não consegui engolir Stewart no papel de um “jovem” advogado. As figuras mais memoráveis foram Edmond O’Brien e John Wayne.
É um bom filme, gosto bastante, mas devo reconhecer, que de fato, Stewart parece estranho no papel. Abraço!