A Noiva de Frankenstein é a continuação de Frankenstein de 1931, ambos dirigidos por James Whale (que também tem no currículo o ótimo O Homem Invísivel). É extremamente justo afirmar que este é um daqueles casos em que a continuação supera o original. Um dos pontos fortes de A Noiva de Frankenstein é a humanização do monstro, algo que foi bem feito no primeiro filme, mas que dessa vez fica ainda melhor e isso graças a alguns detalhes como os inesperados diálogos proferidos pelo monstro e aquela sequência em que ele visita um cego. Boris Karloff entrega uma atuação comovente mesmo atrás daquele famoso e assustador rosto maquiado.
É inegável que o filme é uma grande obra de terror, mas o lado dramático é bem forte, nos proporcionando momentos genuinamente sentimentais. É quase impossível não se compadecer com as frustradas tentativas do monstro de interagir com a sociedade cruel.
Como ponto negativo não posso deixar de mencionar a irritante e escandalosa personagem de Una O’Connor. O que alguns consideram como um alívio cômico na atmosfera tensa que é criada, para mim essa senhora gerou uma dor de cabeça instantânea e nenhuma risada. Mas seria injusto dizer que isso atrapalha a experiência como um todo. A Noiva de Frankenstein é uma excelente combinação de um roteiro de qualidade, de efeitos especiais avançados para época e de uma fotografia que deixa tudo ainda mais agradável de se assistir.
8/10
Agora eu só olho para ela e lembro da cachorrinha de Frankenweenie, hehe. Triste, eu sei, mas que posso fazer?
Ótimo resgate.
caramba, ainda não fui assistir Frankenweenie…
Como disse em outro post seu sobre um filme de James Whale, dele só conheço mesmo aquilo que foi retratado em “Deuses e Monstros”. Esse “A Noiva de Frankenstein” parece ser um filme bem interessante. Pena que obras como essa sejam bem difíceis de serem encontradas.
Sim. É um ótimo filme, da época em que Whale estava no seu auge. Ainda que seja uma obra vista como de horror, é cheia de analogias com a vida. Abração!
Republicou isso em Blog do Rogerinho.