Que tal uma viagem pelo interior do corpo humano? É basicamente isso que Viagem Fantástica tem a oferecer e de uma maneira bem interessante, o que até surpreende, afinal trata-se de um filme de 1966. O filme levou para casa dois Oscar técnicos: direção de arte e efeitos especiais, merecidamente. Usando bastante pesquisa, criatividade e habilidade, o diretor e os seus assistentes conseguiram abordar a anatomia humana de um jeito empolgante, ainda que absurdo.
Tudo se passa em plena guerra-fria. Um cientista possui o conhecimento para permitir que a miniaturização de pessoas dure mais do que uma hora, mas neste momento ele se encontra numa mesa de cirurgia devido a um coágulo no cérebro. A ideia é colocar 5 pessoas em um tipo de submarino dentro da corrente sanguínea do cientista a partir da carótida, com destino ao cérebro para retirar o coágulo. É claro que a viagem não vai ser fácil. O corpo humano se mostra bastante perigoso para a tripulação, que tem que enfrentar fístulas ateriovenosas e anticorpos, mas pelo menos também pode observar fenômenos naturais dos mais interessantes.
O enredo não passa de uma mera desculpa para que os efeitos especiais se destaquem. Quase 50 anos anos depois é claro que a parte técnica soa datada, mas não tem como não admirar o trabalho que foi feito com a pequena quantidade de recursos tecnológicos. E um detalhe importante: o filme continua sendo um bom passatempo nos dias de hoje.
6/10
Crítica: Viagem Fantástica (1966)

Vi esse filme grande era pequena e lembro que fiquei assustada, viajando naquela história. Deu até vontade de rever para poder percebê-lo melhor.
Você comenta sobre algo que é justamente o que me chama atenção nos filmes de ficção/ação daquela época: o quanto que eles conseguiam tirar da parte técnica, em efeitos, mesmo sem muitos recursos tecnológicos avançados.
Simplesmente fantastico!