Não é fácil conceber uma comédia atemporal, mas é isso que Billy Wilder conseguiu com Quanto Mais Quente Melhor. Mais de 50 anos depois ainda é possível rir com as várias situações genuinamente engraçadas presentes aqui, algo que se deve ao espirituoso roteiro de I.A.L. Diamond e Billy Wilder e também às atuações inspiradas de Jack Lemmon e Tony Curtis. Jack Lemmon está cheio de energia interpretando um músico que se passa por mulher para fugir de mafiosos, mas como esquecer da própria masculinidade quando se está ao lado de uma mulher como Sugar Kane, vulgo Marilyn Monroe?
Apesar de pertencer de fato ao gênero comédia, ele transita por outros gêneros, como o romance, ação e até mesmo empresta alguns elementos de filmes de máfia. Impressiona a maneira como Billy Wilder foi capaz de criar uma comédia cujo ponto de partida é um fuzilamento.
O filme inteiro funciona, mas não dá para não enaltecer Marilyn Monroe, uma atriz que esbanjava sensualidade e tinha uma presença como pouco se vê no cinema. Ela e Tony Curtis demonstram uma boa química e são donos de diálogos um tanto ousados para a época. Falando em diálogos, a última cena do filme é brilhante ao conseguir capturar muito bem a essência de tudo o que vimos antes. Inesquecível.
Crítica: Quanto Mais Quente Melhor (1959)

Concordo que este é um filme atemporal, além de ser uma obra recheada de excelentes momentos. Para mim, a melhor atuação da Marilyn Monroe no cinema. Fora que aquela cena final é um daqueles instantes clássicos do cinema, com uma frase que virou chavão, sendo lembrada por todos.
Preciso ver outros filmes com ela, mas ela está excelente aqui!
Atemporal mesmo. Tudo convergiu para a criação de um entretenimento duradouro: diretor, roteiristas, atores. Muito bem sacado. Acho que até quem não liga para filmes antigos gosta.
Acredito que sim Gustavo… não digo que um consumidor assíduo de blockbusters vá amar o filme, mas é impossível que ache ruim!
Adorável esse filme, ao estilo despretensioso e muito bem dirigido do Wilder.