O diretor Duncan Jones chamou a atenção dos cinéfilos em seu filme anterior, o ousado Lunar de 2009. Com este novo trabalho podemos afirmar que ele é um diretor que veio pra ficar. Contra o Tempo é uma ficção científica que exige do público mais atenção do que o normal, mas não é nada tão complicado assim. Basicamente, o personagem de Jake Gyllenhaal tem 8 minutos para descobrir quem está por trás de um atentado terrorista em um trem. A bomba explode e todos morrem? Ok, ele tem quantas chances forem necessárias para mudar essa história, mas o tempo de 8 minutos não pode ser ultrapassado.
Não há como explicar algo assim de maneira lógica, mas o roteiro faz questão de não nos deixar muito perdidos e nos dá algumas informações sobre como isso tudo é possível. Basta acreditar.
O que poderia ser tornar uma experiência repetitiva como acontece em Ponto de Vista , é na verdade intrigante do início ao fim. A direção cheia de energia e o roteiro inteligente nos embalam em uma montanha russa de tensão, surpresas e ação na medida certa.
Como ocorre no divertidíssimo Feitiço do Tempo , o fato do personagem principal poder reviver a mesma situação abre diversas possibilidades interessantes. A diferença é que em Contra o Tempo o buraco é mais embaixo, afinal muitas vidas estão em jogo.
Se o filme terminasse uns 5 minutos antes eu ficaria mais satisfeito. Não que o desfecho seja ruim, mas não posso negar que acabou ficando fantasioso demais, mesmo dentro desse mundo absurdo (e fantástico) que Duncan Jones nos apresentou.
8/10
IMDb
Crítica: Contra o Tempo (2011)

O pouco que vi sobre o filme, mostra que deve ser só mais um em meio a muitos outros filmes de açao.
Na verdade, não!
Quantos filmes me aguardam! Que bom!
Bruno, esse é dos que podem ser vistos em casa, sem maiores perdas?
Stella, com certeza é bacana de acompanhar no cinema, mas como o destaque é a história em si, creio que não se perde muito!
Concordo sobre os péssimos minutos finais (acho, na verdade, que deve ter sido imposto por produtoras). No resto, mais um bom longa para a lista do Ducan,.
Pode ter sido imposto mesmo… o final que se desenhava seria muito dark para os padrões comerciais.
Não assisti ainda a “Lunar”, mas quero conferir esse filme, que parece ser interessante.
Eu gosto de Lunar, mas não acho aquela maravilha toda. Preferi este!
Acho que o ponto forte do filme está em fazer a mesma cena diversas vezes, mas sempre de uma maneira diferente. Bom trabalho do Duncan Jones.
Perfeito, Jonathan!