Sempre me anima ver um filme brasileiro cujo tema principal não é a violência. O diretor estreante Esmir Filho emprega um ritmo lento e contemplativo para contar a história de um garoto sem nome, fã de Bob Dylan e que utiliza o apelido de Mr. Tambourine Man para expor seus sentimentos em um blog. Ele não aguenta mais viver em uma cidade tão pequena, tão pacata, que é chamada por ele de “Cu do Mundo”. Aos poucos, acontecimentos passados vão sendo revelados e o filme ganha em densidade e poesia. Esmir Filho parece não se importar muito com o cinema comercial. São várias as sequências levemente arrastadas, mas nunca cansativas. Elas servem para evidenciar o bucolismo do local e também a angústia do personagem principal. Passamos a sentir na pele toda essa mistura de sentimentos do garoto, algo essencial para que o filme funcione. Outros trabalhos muito interessantes podem sair dessa mente cheia de sensibilidade de Esmir Filho, um diretor muito promissor.
IMDb
/b. knott
É impressão minha ou seus textos estão cada vez menores???
Adecio… não é uma tendência. Se eu acho que o filme já foi bem debatido por aí eu dou uma segurada nos meus argumentos!
Sim, é um belo filme e nem um pouco comercial. Aquela cena da ponte, para mim, é uma das mais bonitas.
bjs
É uma sucessão de cenas bonitas que fica difícil escolher uma só.
Realmente foi um filme que conquistou pela abordagem diferenciada em temática e condução. Sensível, intimista e com pé no experimental. Uma ótima surpresa do Cinema nacional.
Surpresa mesmo… agora já sei o que esperar do Esmir Filho.
A identificação é imediata, até mesmo para quem vive nas grandes cidades.
Esmir Filho já tinha chamado minha atenção em “Tapa na Pantera” e “Saliva”.
Pois é… Tapa na Pantera foi um sucesso! A evolução dele é gigante, com certeza tem muito a mostrar ainda.
Realmente, não é um filme comercial. É uma obra experimental e que quer mexer com as nossas sensações. Comigo, a obra falhou em emocionar, em se conectar, mas entendo a paixão dos outros por esse filme.
Pô, que pena que não rolou essa conexão…
Cara, um filme que consegue unir Bob Dylan com aquela fotografia exuberante, enevoada, já merece o meu respeito desde já. Filmaço!
Rapaz, pensei exatamente a mesma coisa!!!
Pena que aluguei o filme antes de ler sua crítica. Acho que poderia ter me preparado e eu me envolveria mais. Do jeito que foi, não consegui apreciar nadinha, me senti perdendo tempo. 😦
Com 100% de honestidade, digo que não havia sequer ouvido falar nesse filme.
Não tenho problemas nenhum com filmes mais arrastados e de densidade mais poética, mas acho que o Esmir se perde um tanto no filme pois não parece haver um ponto central, o filme parece atirar para vários lados, sem uma definição concreta sobre o que quer realmente. A fotografia é realmente deslumbrante e ajuda a construir uma atmosfera um tanto onírica para o protagonista, o que é supre bem-vindo.
Assisti 2 vezes. Na primeira, não sabia se tinha gostado, mas na segunda, me certifiquei: filme belíssimo. Aquele final me deixou no chão, cara hahaha, bonito demais!
acho fantástico um filme como esse na nossa cinemaografia, só mostra a pluralidade do cinema brasileiro atual. Sorte para nós, espectadores.
abs!
Sem dúvida não é um filme comercial. Acho que extrapola alguns limites, mas no final sai com um saldo positivo em relação ao cinema nacional.
O protagonista é gay? E quem são os duendes da morte que se fala no título? A fotografia é mesmo perfeita mas de nada vale a estética se o enredo é pertubadoramente obscuro.