Nota: 8
O vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro em 1990 é uma verdadeira declaração de amor ao cinema. O diretor Giuseppe Tornatore faz de Cinema Paradiso um trabalho sincero e que realmente tem algo a dizer. Para completar, Ennio Morricone assina a trilha sonora e deixa a experiência mais marcante ainda.
O filme é contado através de um longo flashback. Totó em idade adulta recebe a notícia de que um certo Alfredo havia morrido. Ele deita em sua cama e começa a relembrar do passado. Quando criança, Totó já era apaixonado por cinema e assim como toda a cidade em que vivia passava horas assistindo a diversos filmes na telona. É empolgante acompanhar as reações do público aos filmes. Eles parecem viver as histórias e com isso derramam lágrimas sem fim nos filmes tristes, riem absurdos com Chaplin e ficam raivosos por não poderem assistir cenas de beijo, que eram censuradas pelo padre da cidade. O tal Alfredo era o projecionista do cinema, trabalho que adorava, pois sentia que ele próprio tinha poder sobre as emoções do público.
Rapidamente Totó e Alfredo desenvolvem uma grande amizade. Como o garoto perdeu o pai na guerra e Alfredo não tinha filhos, fica evidente que Alfredo se transforma numa figura paterna. Sorte de ambos, que aprendem muitas coisas importantes um com o outro. Cinema Paradiso é tão rico em detalhes que exige uma segunda assistada. Não falo só das inúmeras referências ao cinema, mas também da própria população da cidade e seus exemplares excêntricos, como o mendigo que diz ser dono da praça e um engomadinho que não hesita em cuspir na cabeça dos outros. Declaração de amor ao cinema e também uma amostra de quão importante uma amizade verdadeira pode ser. Quando Totó resolve ir para cidade grande Alfredo lhe dá um conselho que pode ser considerado clichê, mas que não é tão fácil de seguir: não importa o que você fizer da vida, AME ISSO. Sábias palavras de um personagem encantador, assim como todo o filme.
Título original: Nuovo Cinema Paradiso
Ano: 1988
País: Itália
Direção: Giuseppe Tornatore
Roteiro: Giuseppe Tornatore
Duração: 124 minutos
Elenco: Salvatore Cascio, Antonella Attili, Philippe Noiret, Leopoldo Trieste, Marco Leonardi
/bruno knott
Já estou com vontade de rever Cinema Paradiso! E me deu uma saudade danada do Red Dust, que usava essa ilustração da capa no perfil do blog “Os Filmes”… 😦
Nossa, é verdade… é uma pena ele ter encerrado suas atividades…
Adoro Cinema Paradiso, todas as referências, amizade dos dois e a confusão no cinema. Eu daria uma nota ainda maior.
bjs
É excelente mesmo… o que me impediu de dar uma nota maior foi que achei q o filme caiu um pouco de qualidade qdo se concentrou no romance do Toto com aquela garota. Nada que atrapalhe muito, na verdade…
Bjos!
Devo meu amor ao cinema por causa desta obra, que vi, no cinema, sem querer! Saí de lá apaixonada! E foi irreversível! 🙂
Putz, como eu queria ter visto esse filme no cinema!!!
Tai um filme que eu não gosto, ou melhor, preciso conferir novamente pra ter uma opinião melhor!
Certamente merece mais uma chance! Abraço.
Um clássico eterno! Mas era um outro tempo, mais lúdico, mais encantador, diferente desse cinema atual que só quer saber de vampiros gays metidos a pegadores e heróis dos quadrinhos.
ahahha… de acordo!
como diria pablo villaça, o edward não é um vampiro e sim uma fada!
Abraços.
Um grande clássico do cinema europeu
http://febre7arte.blogspot.com/
cumprimentos
Amo esse filme. E tem me dado vontade ultimamente de revê-lo, principalmente a versão do diretor que parece ser mais completa. Parece ser a maior homenagem dentre todas que o cinema já recebeu!
Classicos são para serem vistos e revistos inumeras vezes.
Cinema Paradiso consegue ser chamado de classico tendo apenas 20 anos!
Eu tb não me canso de assistir… clássico instantâneo!